Negros
Os escravos negros chegaram em Curitiba a partir do final do século 17. No final do século 18 eles já somavam várias centenas, enquanto a população total da cidade era inferior a cinco mil.
No início do século 19, estima-se que a população de pretos e pardos em Curitiba era superior a 40%.
No período colonial os portugueses incentivavam a fundação de irmandades negras católicas e a construção de igrejas especialmente para os negros. Em Curitiba, foram fundadas as irmandades negras de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito.
Interior da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de São Benedito, no coração do Centro Histórico de Curitiba. Fundada por uma irmandade negra, em 1737, no mesmo ano da Igreja da Ordem. Alguns membros da antiga irmandade foram enterrados no templo, cedido aos jesuítas em 1951.
Ao contrário dos imigrantes europeus que receberam em doação terras agricultáveis para que começassem uma vida nova no Brasil, os escravos foram libertados em 1888, sem receberem qualquer assistência oficial para iniciarem suas novas vidas. Isso tornou-se um problema social na época, com reflexos nos dias atuais.
O Censo de 2010 verificou que o Brasil não é mais um país com predominância da população branca. A população negra aumenta percentualmente a cada ano. Em Curitiba, a população de pretos e pardos é superior a 20%