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Mão de obra desqualificada
26/06/2013

Interina: Tati Lemos

Quando a automação industrial teve seu apogeu, no início da década de 60, substituindo grande parte da mão de obra humana por máquinas, foi uma grande preocupação. Na época, uma corrente de pensadores alertava para o perigo de se criar uma sociedade sem traba-lhadores e o medo do desemprego e da pobreza generalizada foi acentuado. Porém, hoje, meio século depois, podemos constatar que, apesar de a tecnologia ter substituído a mão do homem em muitas atividades, a necessidade de mão de obra qualificada se faz cada vez mais presente nas empresas da atualidade. Levanto aqui o assunto porque, cada vez que encontro amigos empresários, seja do ramo hoteleiro, de restaurantes, confecções ou qualquer outro, a reclamação é sempre a mesma: dificuldade em lidar com funcionários. Quem tem empresa, ou já teve, sabe muito bem do que estou falando.
Mão de obra desqualificada II

Acredito que a preocupação em encontrar e reter bons profissio-nais só perde para a alta carga tributária do nosso país. Está cada vez mais difícil encontrar bons profissionais. E bons não diz respeito somente ao conhecimento técnico de cada um, ou a sua formação. Um bom profissional não se prende às amarras do cargo ou da sua função, ele surpreende, ele vai além, ele é ético, ele veste a camisa da empresa, tem comprometimento e busca os melhores resultados sempre. Mas, infelizmente, o mercado está cheio de profissionais contrários a essas características, profissionais medíocres e que ainda se acham no direito de exigir me-lhores salários e mais benefícios. Esses não são e nunca vão vir a ser líderes. Eles não inspiram, não motivam e não criam seguidores.
Mão de obra desqualificada III

Incluo ainda neste assunto um dado interessante. Segundo pesquisa realizada pelo site de carreira Carrerbuilder, em maio deste ano, a maioria dos empregadores de dez economias - incluindo o Brasil - não sabe escolher os profissionais certos para sua