necrose
A necrose de coagulação implica a preservação do contorno básico da célula coagulada por um período mínimo de alguns dias. Os tecidos afetados exibem uma textura firme. Supostamente, a lesão ou a acidose intracelular subsequente crescente desnatura não apenas as proteínas estruturais, como também as proteínas enzimáticas, bloqueando assim a proteólise da célula. O infarto miocárdico é um excelente exemplo, no qual as células acidófilas, coaguladas e anucleadas podem persistir por semanas. Mais tarde, as células miocárdicas necróticas são removidas por fragmentação e fagocitose dos restos celulares por leucócitos removedores e pela ação das enzimas lisossômicas proteolíticas trazidas pelos leucócitos imigrantes. O processo de necrose coagulativa, com preservação da arquitetura tecidual geral, é típico da morte hipóxia em todos os tecidos, exceto o cérebro.
Infarto agudo do miocárdio (exemplo de necrose coagulativa)- aspecto macroscópico. No coração, os infartos afetam mais a porção interna do miocárdio que a externa porque as artérias coronárias correm no epicárdio e vão dando ramos perfurantes ao longo de seu curso. Como o endocárdio é a porção mais distal do território, é mais vulnerável. Aqui há um infarto anêmico envolvendo o músculo papilar (cor mais pálida). Externamente a este há uma área mais escura, de hiperemia reativa ao infarto. Isto ocorre porque a área necrótica funciona como estímulo inflamatório, causando vasodilatação nos tecidos vizinhos. Uma consequência benéfica é que isto facilita a chegada de células fagocitárias, que participam na eliminação do produto necrótico.
Infarto agudo do miocárdio - aspecto microscópico - as células musculares cardíacas sofrem necrose de coagulação, apresentando-se acidófilas, anucleadas e com preservação da arquitetura básica do tecido. Notar a presença de células inflamatórias no espaço intersticial.
NECROSE LIQÜEFATIVA
A necrose liquefativa é típica de infecções