nazare
Ocupando a segunda cumeada, em relação a Baía de Todos os Santos, o bairrro de Nazaré e os sub bairros adjacentes da Lapa, Mouraria, Palma, Santana, Boulevard América e Jardim Baiano, é um dos maiores de Salvador. Tem como eixo central a Avenida Joana Angélica, que corre ao longo da cumeada. É delimitado a oeste pela antiga vala do Rio das Tripas, hoje Rua J. J. Seabra, que o separa do Pelourinho, e á leste pelo dique do Tororó, que o delimita com os bairros de Brotas, Cidade Nova e outros. Começa na Praça da Piedade, no centro de Salvador, e termina na ladeira do Barbalho. Sua ocupação inicial se deu, ainda no século XVII, pela encosta oeste (Palma, Santana e Saúde), com o esgotamento dos terrenos do centro histórico de Salvador (Pelourinho), prosseguindo nos séculos XVIII e XIX pelo alto da cumeada. No século XX, até o final dos anos 60 e início de 70, foram ocupadas as encostas a leste, dando origem aos sub bairros do Cabral, Boulevard América e Jardim Baiano, esse o mais recente da área. Foi morada das elites da Bahia nos séculos XIX e de classes médias a altas, no século XX. Possui grande número de conventos e igrejas dos séculos XVII a XIX, de notável valor arquitetônico, hospitais, clínicas médicas e estabelecimentos de ensino, públicos e privados, inclusive o Colégio Central da Bahia, tido, até os anos 60, como o mais conceituado de Salvador, e a Escola Baiana de Medicina.
Hoje é considerado um bairro estagnado, pouco verticalizado, desprezado pelo mercado imobiliário. Grande parte dos antigos casarões residenciais é hoje ocupada por entidades federais, principalmente do Ministério Público, que concentra aí a maioria de suas repartições, clínicas médicas e representações comerciais, mas Nazaré, embora decaído, ainda é uma área residencial de classe média de Salvador. Pela sua ocupação continuada apresenta um variado acervo arquitetônico, talvez o mais completo de todos os períodos de desenvolvimento da cidade, abarcando