naturalismo
Uma das características essenciais do ser humano é a busca pela verdade. É essa busca que motiva a existência de junta disciplina como a filosofia, que tem na investigação da verdade seu maior valor. Conforme observa Marilena Chauí, afirma esse valor da verdade significa que o verdadeiro confere ás coisas, aos seres humanos, ao mundo um sentido que não teriam se fossem considerados indiferentes á falsidade. Esse desejo pela veracidade dos dados e dos fatos, por saber distinguir o verdadeiro do falso,surge logo cedo,ainda na infância e diga-se de passagem,jamais nos abandona por completo. Somos essa busca permanente, essa angústia perpétua à procura de certezas.
No entanto, como somos seres práticos, e precisamos de pontos fixos para poder agir, não poderíamos viver sem verdades estabelecidas, por assim dizer, a priori (isto é, as “verdades” transmitidas para nós pela sociedade, pela família, pela escola etc.). Por isso, tendemos, a princípio, a acreditar nas coisas, nas pessoas, no mundo tal qual é se mostra para nós imediatamente. Essa “crença no mundo”, Husserl denominou atitude ou orientação natural e Merleau-Ponty, na mesma linha, fé perceptiva. Não obstante, mesmo no cotidiano, enfrentamos decepções, desilusões, dúvidas e perplexidades. Espantamo-nos com fatos ou atitudes novas ou inesperadas, o que nos leva (ou deveria levar) freqüentemente a colocar em dúvida nossas certezas, aquilo que nos foi ensinado e que, até então, tomávamos como absolutamente verdadeiro. É precisamente o rompimento dessa crença que faz nascer à atitude crítica, isto é, a atitude filosófica propriamente dita. Nesse sentido, podemos entender a Filosofia como a consagração da busca pela verdade que motiva e caracteriza o ser humano Dentro da história da Filosofia, talvez seja com Descartes (ao menos a partir da Idade Moderna) que a ânsia pela verdade do mundo ganha uma de suas expressões mais contundentes. Pondo em xeque todo conhecimento que obtivera