Naturalismo O
O Naturalismo foi um movimento cultural relacionado às artes plásticas, literatura e teatro. Surgiu na França, na segunda metade do século XIX. Este movimento foi uma radicalização do Realismo, e uma das suas principais características é a retratação da sociedade de uma forma bem objetiva.
Os naturalistas abordam a existência humana de forma materialista. O homem é encarado como produto biológico passando a agir de acordo com seus instintos, chegando a ser comparado com os animais (zoomorfização).
Segundo o Naturalismo, o homem é desprovido do livre-arbítrio, ou seja, o homem é uma máquina guiada por vários fatores: leis físicas e químicas, hereditariedade e meio social, além de estar sempre à mercê de forças que nem sempre consegue controlar. Para os naturalistas, o homem é um brinquedo nas mãos do destino e deve ser estudado cientificamente.
A escola literária naturalista é conhecida como uma radicalização do Realismo que se baseia na observação fiel da realidade e na experiência, logo, o indivíduo se determina pelo ambiente e pela hereditariedade. É no romance naturalista que a abordagem extremamente aberta do sexo aparece, o que resultou em algo muito chocante para a sociedade conservadora da época. Naturalistas escreviam sobre o instinto fisiológico e natural, retratando a agressividade, a violência e o erotismo como elementos que simplesmente fazem parte da personalidade do ser humano. Pode-se dizer que essa escola literária surge no século XIX.
Na Europa, o marco inicial do Naturalismo foi a publicação, em 1881, de Germinal, de Émile Zola. O livro retrata os dramas vividos por uma família que trabalha nas minas de carvão, denunciando as precárias condições de vida e de trabalho do proletariado, classe social que surge graças ao avanço do capitalismo. Em busca de emprego nas indústrias, milhares de pessoas correm para as grandes cidades, onde vivem amontoadas em cortiços, descritos como ambientes decadentes. Portanto, na literatura