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Esse trabalho tem como objetivo compreender a política econômica e social brasileira no período de 2003 à 2010 durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apresentando seus pontos positivos e negativos. Identificaremos também os programas de distribuições de renda e seus impactos.
1. Governo Fernando Henrique Cardoso X Governo Lula
O setor financeiro exerce protagonismo nas políticas públicas do país que se inicia na década de 1980 e é prolongado nas décadas seguintes através de diferentes padrões de políticas públicas, nos governos Fernando Henrique Cardoso (1994-2002) e no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006)
Conforme Carlos Eduardo Martins, (2007, pg. 36):
A gestão de Fernando Henrique Cardoso (FHC) pode ser inserida dentro de um padrão tipicamente neoliberal de políticas públicas de crescimento da dívida externa, expansão acelerada da dívida pública, expressivos déficits em conta corrente, elevadas taxas de juros, privatização, desmonte dos segmentos de maior valor agregado de nossas indústrias, desregulamentação do mercado de trabalho e abertura comercial e financeira acelerada através de políticas de valorização cambial, posteriormente revertida ao câmbio flutuante, o que implicou a multiplicação das dívidas em dólar no PIB nacional. O governo Lula, por sua vez, enquadra-se mais tipicamente em um padrão de governo de terceira via. Volta-se para a contenção dos desequilíbrios macroeconômicos gerados no governo anterior e busca substituir a agenda de políticas públicas, mas condiciona o alcance de sua implementação à liberação de excedentes econômicos a serem alcançados através de uma gestão que preserve os contratos e os mecanismos de mercado, particularmente os do setor financeiro.
Em 2003 quando Lula assumiu o cargo de presidente, sua primeira medida econômica foi a criação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, esse conselho é constituído por representantes dos trabalhadores,