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A convocação dos Estados Gerais nada mais é que a convocação dos três estados: clero, nobreza e representantes do terceiro estado. Fazia mais de 150 anos que os Estados Gerais não eram convocados, mas a situação era crítica: a população reclamava modificações na cobrança dos impostos.
O problema é que cada um dos estados tinha direito a um terço dos votos, e neste caso, nobreza e clero iriam se unir contra as mudanças requeridas pelo terceiro estado. Em meio à discussão o terceiro estado moveu uma forte campanha exigindo que a votação fosse por pessoa, e não por estado. Clero e nobreza reagiram e já no começo dos trabalhos dos Estados Gerais, no mês de maio de 1789, o rei Luís XVI decidiu que a votação continuaria sendo feita por estado.
Os representantes do terceiro estado reagiram, e se declararam em Assembleia Nacional Constituinte, com o objetivo de criar uma constituição para a França. Devemos lembrar que a constituição tinha por objetivo limitar o poder absoluto do rei.
A grande reunião dos Estados Gerais
A Assembleia Nacional Constituinte (1789 – 1792)
Gradativamente a ímpeto revolucionário começou a tomar as ruas. Em meados de julho de 1789 se espalhou a notícia de que o rei iria reprimir a Assembleia Nacional. Como resposta a população se rebelou, saqueando depósitos de armas e alimentos. Tomaram a bastilha, que era uma prisão fortificada e símbolo da opressão e autoridade real. No campo atacaram os castelos.
Em pouco depois a Assembleia Nacional Constituinte declarou abolida a servidão, os dízimos e os privilégios do clero e da nobreza. Nacionalizou os bens da Igreja e determinou sua submissão ao Estado francês.
Ainda em 1789 foi aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, documento que estabelecia o direito a liberdade, a resistência à opressão e à segurança. A propriedade privada, contudo, interesse imediato dos burgueses, foi declarado inviolável.