Natura
Após exportar seus produtos e montar um exército de vendedoras em cinco países da América Latina, a empresa brasileira engata a terceira marcha em sua trajetória internacional e investe na produção local para alavancar as vendas na região
ALESSANDRO GRECO
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Carlucci: mudança de patamar no grau de internacionalização
A jornada de expansão internacional da Natura, a maior indústria brasileira do ramo de cosméticos e perfumaria, tem sido longa e, muitas vezes, penosa. Desde que deslanchou, há 28 anos, sua investida para colocar cremes, batons e perfumes seus nas bolsas de consumidoras além das fronteiras nacionais, a Natura, um dos 15 maiores fabricantes de cos-méticos do mundo, com fatu’ramento de R$ 4 bilhões no ano passado, tem alternado avanços importantes com resultados de vendas ainda modestos. No início, limitava-se a atender a pedidos de distribuidores de países vizinhos interessados em importar os produtos que faziam sucesso entre as brasileiras. A partir daí, a empresa, nascida em 1969 numa pequena loja na rua Oscar Freire, em São Paulo, passou a guiar sua incursão internacional por estratégia própria, iniciando operações de vendas no Chile, em 1982, e, gradativamente, ao longo de quase três décadas, em outros cinco países da América Latina. Enquanto crescia de modo consistente e cauteloso na América Latina, a Natura resolveu cutucar o maior mercado de cosméticos do mundo: a França. A ousadia de disputar o varejo de cosméticos em plena capital mundial da perfumaria foi igualmente temperada por boa dose de prudência. O objetivo não era fazer da operação parisiense um trampolim para conquistar os franceses e, a partir daí, consumidores do resto da Europa. A intenção era usar uma única loja como vitrine para seus produtos e também como fonte de aprendizado de como operar no mercado mais competitivo do mundo nesse segmento. Agora, a Natura acaba de anunciar uma mudança de patamar em