Narração
A narrativa literária costuma se apresentar em forma de prosa, mas pode ser também em versos (epopéia, romanceiros). Se tivermos de definir o texto narrativo de forma sucinta, citando Carlos Reis dirá que o texto narrativo é um processo de exteriorização, uma atitude objetiva e baseada na sucessividade.
No século XX, a partir do estruturalismo, surge uma espécie de teoria semiótica da narrativa (ou narratológica) que propõe-se estudar a narratividade em geral (romances, contos, filmes, espetáculos, mitos, anedotas, canções, músicas, vídeos). Encabeçados por Roland Barthes, estes estudos pretendem encontrar uma "gramática" da narrativa, mais ou menos como Saussure encontrara para a fala. É a partir daí que surgem as fichas de leitura e os estudos sobre o narrador, os actantes, as estratégias narrativas de determinada escola, entre outros.
Roland Barthes, mestre no estudo da narrativa, afirma que "a narrativa está presente em todos os tempos, em todos os lugares, em todas as sociedades, começa com a própria história da humanidade. (...) é fruto do génio do narrador ou possui em comum com outras narrativas uma estrutura acessível à análise".
"Narração" é um relato organizado de acontecimentos reais ou imagináveis. Deve-se destacar o movimento dos fatos, mantendo aceso o interesse do leitor, expor os acontecimentos com rapidez, relatando-se apenas o que é significativo.
A narração envolve:
• quem? Personagens;
• quê? Atos, enredo;
• quando? A época em que ocorreram os acontecimentos;
• onde? O lugar da ocorrência;
• como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos;
• por quê? A causa dos acontecimentos.
Na narração, deve-se evitar que os acontecimentos se amontoem, sem nenhum significado.
Força-se selecionar fatos relevantes, evitando-se, quando possível, detalhes planos, as séries de adjetivos.
Recomenda-se o uso preferencialmente de substantivos.
Narração: Tipos de narrador
Cada uma das histórias que lemos, ouvimos ou