Empresa social
No início dos anos 2000, diferentes países pelo mundo lançaram um novo modelo de negócio, denominados Empresa Social ou Negócio Social.
Essas organizações funcionam na prática como uma empresa do 2º setor, porém a diferença primordial é que o objetivo do negócio é o benefício social que ela irá promover.
Esta nova formatação de negócio foi muito bem aceita na Europa e Estados Unidos, porém chega ao Brasil causando alguns equívocos, e ao que parece relacionados principalmente a dois motivos.
Primeiro há quem confunda o conceito de Empresa social com o compromisso das empresas em incorporarem ações sociais e ambientalmente corretas em seus negócios, atendendo assim ao tripé da Sustentabilidade. A Sustentabilidade hoje é assunto obrigatório no meio empresarial e esta em pauta em qualquer segmento de negócio, causando assim uma corrida das empresas para se adequarem as novas exigências impostas por todos os públicos de relacionamento.
Essa corrida pela adequação ou adoção de ações ditas sociais e/ou ambientais, em sua maioria, é influenciada pela competitividade, o que por vezes faz com que as empresas realizem atividades sem que aja minimamente um alinhamento de conceitos, planejamento e estudos prévios de impactos e resultados efetivos.
Segundo porque o contexto empresarial e social brasileiro são historicamente diferentes do contexto europeu e americano, o que implica necessariamente em identificar possíveis dificuldades e as potencialidades resultantes do novo cenário empresarial brasileiro que contribuam para a implementação deste modelo de negócio no Brasil.
O conceito de Empresa Social
O conceito de empresa social ou negócio social idealizado por seu fundador, Muhammad Yunus (o banqueiro dos pobres), esta intrinsecamente relacionado à pelo menos três idéias básicas: a questão da pobreza; a questão da natureza humana e a auto-sustentabilidade do negócio.
Quando aprofundadas, essas três questões colaboram para desconstruir o