Narração, dissertação e descrição
Primeiro, o mais importante a se saber é: o que é narrar? Narrar é contar um fato, uma ação, algo que aconteceu. É, pois: “construir um conjunto de ações que constituem a historia- o enredo- e relacionar essas ações de personagens – seres que praticam o ato ou sofrem os fatos.” (AMARAL, p.532, 2003).
Uma narrativa pode ser um simples relato, como, por exemplo, um relatório de uma experiência científica, ou uma narrativa dramática que é constituída por uma situação, uma complicação e uma solução.¹ É importante ficar atento para não confundir o narrador com o autor do texto (escritor). Algumas vezes, o narrador pode aparecer como um personagem, como é o caso da narração em primeira pessoa que cria um efeito de subjetividade. Ou no caso de uma narração em terceira pessoa que o narrador pode assumir duas posições diante do que narra:
1) Ele conhece tudo, até os pensamentos e sentimentos dos personagens. Comenta, analisa e critica tudo. [...] É chamado de narrador onisciente . 2) O narrador também conhece os fatos, mas não invade o interior dos personagens para comentar seu comportamento, intenções e sentimentos [...] criando um sentido de neutralidade. É como se a história se narrasse sozinha. Narrador pode ser chamado de observador.
(FIORIN E PLATÃO. p 138, 1995)
E ainda:
Texto narrativo é aquele que relata as mudanças progressivas de estado que vã ocorrendo com as pessoas e as coisas através do tempo. Nesse tipo de texto os episódios e os relatos estão organizados numa disposição tal que entre eles existe sem uma relação de anterioridade ou posterioridade.
( Idem. p. 289)
Acima foi explicado o que é narração, suas formas e posições, diferenciou os tipos de narradores. Agora, será mostrado outro tipo de texto: A dissertação. Mas, antes veremos uma questão levantada pela autora do livro Comunicação Escrita de Raquel Bahiense: dissertar é a mesma coisa que argumentar?
Dissertação é asua opinição a