Narradores de javé

UNEB – Universidade do Estado da Bahia
Curso – Licenciatura em História
Componente Curricular: História do Brasil III
Professor: Aruanã
Acadêmica: Rosa Neta Oliveira de Souza

Atividade

A partir da tensão memória histórica presente no filme “Narradores de Javé”, explique quais as dimensões sociais de uma escrita da história voltada para as políticas de memória.

Javé é uma cidade localizada no interior do nordeste brasileiro que está prestes a desaparecer sob as águas de uma usina hidrelétrica. A notícia mobiliza toda a comunidade que se une numa tentativa hilária de salvar a cidade.

Para tanto lançam mão da ideia de mostrar a todos que Javé tem uma história importante, com muitos feitos e fatos heroicos e que, portanto, não pode ser destruída, ao contrário, precisa ser preservada como patrimônio da humanidade. Decisão aceita por todos, se veem agora diante de um problema maior: encontrar alguém que possa registrar os fatos narrados por cada família daquele lugar, visto que nem as figuras mais importantes do local sabem ler ou escrever.

Numa assembleia realizada na igreja, local com espaço suficiente para acomodar o maior número de habitantes, decidem convocar o único adulto que eles conhecem que tem intimidade com a lecto escrita: Antonio Biá, uma figura falastrona não muito digna de confiança que reluta, mas aceita a incumbência, pois nesse momento ele se torna o personagem mais importante de Javé, responsável por reunir num livro os relatos dos moradores.

Sabedor da importância de sua função, Biá não titubeia em supervalorizar-se, afinal, segundo ele próprio, “uma coisa é o fato acontecido, outra é o fato escrito” e será ele o escriba oficial da História de Javé; de ex-carteiro, que escrevia cartas em nome dos moradores para não perder o emprego, passaria a historiador, com a responsabilidade de escrever de “forma cientifica” a memória dos habitantes do Vale do Javé.

Durante as entrevistas, Biá se depara com várias versões para o mesmo