Nao sei
A partir das Cruzadas, a mudança mais visível na Europa ocidental ficou conhecida pelo nome de renascimento comercial e urbano. Ele significou o desenvolvimento do comércio e das cidades, que tinham tido pouca importância durante os séculos anteriores. O comércio, ainda incipiente, era praticado nas feiras que se realizavam nas vilas ou perto dos castelos e outros lugares fortificados. Inicialmente periódicas, as feiras tornaram-se permanentes, propiciando o aparecimento de núcleos urbanos, os chamados burgos. A partir dos burgos, desenvolveram-se novas cidades, ao mesmo tempo que ganharam vida as mais antigas, que não haviam desaparecido por completo.
As cidades atraíam cada vez mais artesãos, que nelas se fixavam para viver de seu oficio. Atraíam também servos camponeses que as buscavam para tentar vender os seus excedentes agrícolas ou para viver como trabalhadores livres.
Atraíam, ainda, comerciantes de sal, de ferro e de inúmeras outras mercadorias, provenientes de regiões distantes.
As moedas voltam a circular
As atividades comerciais restabeleceram o uso regular da moeda. Logo, diferentes moedas circulavam nas feiras e nos núcleos urbanos, provenientes de vários feudos e regiões da Europa (os senhores feudais podiam cunhar suas próprias moedas). Essa variedade criou a necessidade do câmbio, isto é, da troca de moedas. Os que se dedicavam a ele eram chamados de cambistas.
Mais tarde, os cambistas passaram a realizar empréstimos e a fazer outras operações financeiras. Assim surgiram os bancos, palavra de origem italiana que designava o assento ocupado pelo cambista. Durante muito tempo, os banqueiros mais importantes eram os da península Itálica, pois era ali que, inicialmente, o comércio era mais intenso. Isso porque algumas cidades da península Itálica, como Gênova e Veneza, já mantinham relações comerciais com o Império Bizantino e os árabes séculos antes das Cruzadas.
Mercadores e camponeses
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