NANOFARMACOS APLICADOS AO TRATAMENTO DA MALÁRIA
A Malária é uma doença com prevalência em países de clima tropical e subtropical sendo que no Brasil o maior número de casos se dá na região amazônica. Tem como agente etiológico quatro espécies do gênero Plasmodium: Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae e Plasmodium ovale, estes são transmitidos ao homem através da picada de fêmeas do inseto do gênero Anopheles, por transfusão sanguínea, de forma congênita (da mãe para o feto por via placentária) e por meio de seringas infectadas. (VARELLA)
O tratamento da malária ainda é precário, não existindo uma vacina eficaz contra a doença, sendo uma das formas de terapia os chamados antimaláricos, como a quinina, a cloroquina e a sulfadoxina – pirimetamina. O grande desafio na prescrição destes medicamentos deve-se ao fato que alguns tipos de protozoários são resistentes aos fármacos, alem do fato de que é preciso o uso de dois ou mais medicamentos combinados, o que dificulta a adesão do paciente ao recurso terapêutico.
Tendo em vista a dificuldade para o tratamento e a escassez de medicamentos, novas pesquisas vêm sendo realizadas para o desenvolvimento de novos fármacos que possam ser eficazes sem causar danos ao organismo dos pacientes. Dentre estas pesquisas, a nanotecnologia farmacêutica aplicada à produção de vacinas e medicamentos antimaláricos em nanossistemas está ganhando cada vez mais espaço, sendo um dos principais focos das atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação em todos os países industrializados do mundo. (CHEDGZOY ET AL., 2002; CHIMANUKA ET AL., 2002)
O termo nanotecnologia se refere a técnicas de manipulação de átomos de modo que se possa rearranjá-los e modificar a natureza das interações das forças nos materiais (MARTINS, 2009). O objetivo da nanotecnologia é criar novos materiais e desenvolver novos produtos através de técnicas que possibilitem ver e manipular átomos, ou seja, com a construção de novas moléculas pode-se conseguir materiais com