Nankin
No dia 13 de dezembro de 1937 que os japoneses entraram na antiga capital chinesa, Nanquim, vindos com um rastro de sangue de milhares de mortos deixados para trás em Xangai.
Durante os três meses que permaneceram na cidade, civis e militares chineses se somavam às pilhas humanas de carne mutilada. Segundo o veredicto do Tribunal de Guerra de Tóquio, de 1938, foram 200 mil mortos, sendo certamente uma estimativa bem menor do que realmente aconteceu, uma vez que o governo japonês tem a tradição de negar que houve um holocausto na cidade. Outras fontes de pesquisa trazem mais de 300 mil mortos em apenas 90 dias. Proporcionalmente, seriam mortos em Nanquim, de acordo com as contas "oficiais" de Tóquio, mais de 2,2 mil pessoas diariamente, mas como os números foram bem maiores, seriam mais de 3 mil ou talvez 4 mil mortos por dia, no mínimo.
O plano de tomada da capital de Nanquim pelo Exército Imperial Japonês começou em agosto de 1937. Uma frota de navios de guerra foi posicionada na costa chinesa e efetuaram vários disparos de canhões contra o País, ao mesmo tempo em que as tropas, comandadas pelo primeiro-ministro e general Hideki Tojo, desembarcavam. Durante todo o mês de agosto foi assim,sucessivos disparos de canhões e milhares de soldados japoneses descendo, formando ao todo nove unidades de infantaria e duas unidades de artilharia.
Nanquim esteve sitiada a partir do dia 5 de dezembro de 1937. Até o dia 13, após sangrentas batalhas, as tropas japonesas entram em bloco na cidade, iniciando um dos períodos mais macabros da história. O general chinês Tang Shengzhi, incumbido de defender Nanquim, consegue reunir cerca de 100 mil homens sem praticamente nenhuma experiência militar para combater os japoneses em Nanquim.
Milhares de homens, mulheres e crianças em pânico foram mortas no primeiro dia de assalto, em 13 de dezembro de 1937. Numa vaga ilusão de que poderiam ser poupados, militares chineses se escondiam entre