Nancy Maria Mendes, no artigo “Intertextualidade: noções básicas” analisa o conceito de intertextualidade. Inicialmente a linguista aponta como a identidade é construída no âmbito sociocultural em que a sociedade está inserida, mostrando que o caráter sofre intervenções influenciadas pelas pessoas ao nosso redor, seja sentimentalmente, seja profissionalmente ou na imposição de regras e norma, trazendo a compreensão que o discurso que emitimos contem fortes ligações de falas e atitudes de outras pessoas. De acordo com a autora, a articulação presente em variados textos é a melhor definição de intertextualidade. Afirma ainda que a francesa Julia Kristva foi a primeira a usar esse termo, na década de 60. Mendes prossegue citando exemplos de intertextualidade como as epígrafes, as citações, a reminiscência, a paráfrase, a paródia e versões e traduções. A ensaísta cita também Laurente Jenny, que expõe a relação de uma obra com outras do mesmo gênero da intertextualidade na revista francesa Poétique causando uma revolução quebrando modelos que eram seguidos. Segundo ela, Jenny ainda fala de um outro texto intertextual denominado verbalização, que consiste na transição de um sistema significante não verbal para o verbal. Finalmente, a professora cita filmes e novelas que são baseados em textos literários e se constituem também como trabalhos intertextuais, dizendo que quando a pessoa compara os dois textos surge uma certa irritação pois se tem a impressão de que a obra original foi adulterada. Entede-se então, segundo a pesquisadora, que a prática intertextual corrige esta postura, pois há uma passagem de uma linguagem para outra, sendo impossível conservar o texto original. Nancy Maria Mendes conclui que explorar os textos com os alunos desde o primário, extraindo a essência, garante uma boa produção de texto por eles