Nada

Respostas:

1. A metafísica e a ciência nos tempos modernos podem aparentar-se irmãos inimigos, mas esse fato não deve esconder a origem e interdependência dos dois. Nesse espaço e tempo o Espírito toma consciência de si, ao contato com o objeto quando fita na linha entre o reino pessoal e toda realidade encontrada no exterior. Assim podemos ter clareza que o homem metafísico confia no homem da ciência, e nos seus resultados, o que fará perdurar uma harmonia durante vinte séculos. O deus platônico é o primeiro construtor e a máquina do mundo (até Newton será incompreensível aos espíritos sem a intervenção de um técnico divino). Com a divisão, a sensibilidade epistemológica sofre uma grande e forte alteração: o sábio não se sente mais seguro protegido pela metafísica e sente-se ameaçado por ela, fazendo-o reclamar uma autonomia mais completa. Essa tensão na verdade, mesmo que complexa, não se dá pela ciência e a filosofia, mas sim, na teologia apoiada no poder religioso e outas duas disciplinas. Em qualquer situação que encontramos nos tempos passados e hodiernos, vemos que tanto o filósofo quanto o cientista encontram-se cercados de perseguições. Kant, como um bom aluno de Newton, confiou estreitamente na validade do seu sistema, escreveu os primeiros princípios metafísicos da ciência da natureza definindo a esfera do absoluto, estrutura do conhecimento científico, a partir de sua definição de razão. No decorrer da história, o momento em que se levanta uma ciência positiva também corresponde a uma reivindicação de autonomia. O progresso científico torna-se uma série de longas humilhações para a metafísica, pois o filósofo, perante o cientifico, parece estar correndo por um lado supersticioso, um lado mau. A linguagem cientifica entra no lugar dos debates filosóficos, onde uma incansável luta argumentativa se trava, mas sem chegar a um pleno acordo, para por uma comunicação real e demonstrativa que força a adesão de todos os parceiros. A metafísica vê-se coagida