nada

1237 palavras 5 páginas
Ciência e religião interagem e explicam a existência do universo
Sonia Bramante*
“Se os fatos não se encaixam na teoria, modifique os fatos.”
Albert Einstein

Fala-se muito em tecnologia e inovação como fontes seguras para o progresso e a garantia de sobrevivência dentro deste mundo globalizado do qual fazemos parte. Com isso, a ciência ocupa cada vez mais um lugar de destaque na sociedade mundial, por oferecer recursos objetivos e racionais para explicar os fenômenos naturais. Mas, um outro lugar de destaque ocupa a religião, disseminando por todos os continentes a sua versão para a criação do mundo.A ciência nos diz que o Big Bang, o ponto inicial para a vida no universo, deu-se há 12 bilhões de anos. Já os relatos bíblicos nos mostram que o universo não tem nem 6.000 anos de existência. Essas divergências entre ciência e religião são consideradas grandes paradigmas dos dias atuais. Será que há consenso nessas questões? Será que é correto afirmar que a ciência lida com o mundo objetivo, utilizando a razão e a experimentação, enquanto a religião lida com o mundo espiritual, utilizando a fé e a ritualística? Onde elas se encontram, para explicar, de forma clara, as perguntas que não querem calar: “De onde viemos?” ou “Para onde vamos?”?Em reportagem da revista eletrônica ComCiência, o professor de história da ciência José Luiz Goldfarb, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, explica essa divergência de datas, mostrando que ambas estão falando do mesmo período, porém de formas diferentes. Segundo o rabino Isaac de Akko (1250-1350), no manuscritoOzar ha-Hayyim, o universo teria 42.000 x 365.250 anos. Fazendo a multiplicação, obtemos 15.340.500.000 anos, uma cifra bastante semelhante àquela oferecida pela ciência e a teoria do Big Bang.
Goldfarb utiliza as idéias de Aryeh Kaplan em seu artigo “A idade do universo”. Como sábio tradicional do judaísmo, Kaplan busca na literatura rabínica clássica afirmações relevantes sobre esse assunto, um tema que

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