nada
1- A via das pentoses-fosfato pode ser vista como um processo alternativo ou complementar à glicólise na oxidação da glicose. Nesta via, também designada de via do fosfogliconato ou de desvio (shunt) das hexoses monofosfato, o agente oxidante não é o NAD+ (como na glicólise) mas sim o NADP+ pelo que, neste caso, se forma NADPH. Pelo menos algumas das enzimas da via das pentoses-fosfato existem em todas as células do organismo e, em certos tecidos e células como o fígado, o tecido adiposo, a glândula mamária ativa, o córtex suprarrenal e os eritrócitos uma parte significativa da glicose é oxidada nesta via metabólica.
2- A ação sequenciada de 3 enzimas que catalisam reações fisiologicamente irreversíveis [desidrogénase da glicose-6-fosfato (ver Equação 1), hidrólase da 6-fosfogliconolactona (ver Equação 2) e desidrogénase do 6-fosfogliconato (ver Equação 3)] permite a formação da ribulose-5-fosfato (uma cetopentose-fosfato) que, numa reação fisiologicamente reversível catalisada pela isomérase das pentoses-fosfato, pode ser convertida em ribose-5-fosfato (uma aldopentose-fosfato; ver Equação 4). A
Equação 5 é o somatório das reações referidas acima e descreve a ação sequenciada da chamada “fase irreversível da via das pentoses-fosfato” (Equações 1-3) e da reação catalisada pela isomérase das pentoses-fosfato (Equação 4). Na “fase irreversível da via das pentoses-fosfato”, para além da reação de hidrólise de uma lactona (ver Equação 2), ocorrem duas reações redox em que o oxidante é o NADP+, mas só a segunda pode ser designada de oxidação descarboxilativa: é na reação catalisada pela desidrogénase do 6-fosfogliconato que ocorre a descarboxilação com a consequente formação da primeira pentose-fosfato, a ribulose-5-fosfato (ver Equação 3) [1].
Equação 1 glicose-6-P + NADP+ ® 6-fosfogliconolactona + NADPH
Equação 2 6-fosfogliconolactona + H2O ® 6-fosfogliconato
Equação 3 6-fosfogliconato + NADP+ ® ribulose-5-P + NADPH + CO2