Nada acontecia naquele vilarejo

Nada acontecia naquele vilarejo, ate que naquela noite, aconteceu uma coisa muito estranha e assustadora. Vou contar o que aconteceu naquela noite.
Os cães de um vizinho, que estava viajando, uivavam sem parar. Depois que meus pais foram dormir, eu fiquei assistindo televisão para ver se o sono chegava.
Escutei um barulho estranho, me levantei e fui para a janela. Foi quando vi uma coisa estranha, desenhada pelo clarão de um relâmpago, sobre o muro que separava nosso quintal do quintal do vizinho. Não sei dizer o que era, só que era grande; parecia um homem, de pé sobre o muro, mas sua posição encurvada e a grande proporção de suas costas. Percebi que aquilo não era humano. Um frio percorreu-me a espinha. Mais um relâmpago, e dei com a coisa olhando fixamente para mim.
Fechei as cortinas da janela depressa. Agora, o coração dava saltos dentro do peito. Ouvi um ruído de porta rangendo, e percebi que a porta da cozinha estava destrancada, e o vento a abrira. Meu pai esqueceu de trancar.
Eu sabia que precisava fechar a porta, antes que a coisa entrasse. Com um enorme esforço, corri até a porta, para fechá-la. Naquele momento, a luz acabou, e tropecei no banquinho que alguém tinha esquecido no caminho e caí, sem conseguir chegar até a porta.
Vi, enquanto me levantava, o exato momento em que a coisa corria na direção da porta. Num reflexo de pavor, bati-a fortemente, passando a tranca. Algo bateu na porta com força. Um rugido de dor do lado de fora.
Nisso, meus pais desceram as escadas, segurando velas. Perguntaram que barulho era aquele, e tentei explicar-lhes rapidamente o que estava acontecendo. Minha mãe pediu que eu me acalmasse, dando-me um copo de água com açúcar, e dizendo que com certeza, eu tinha visto um macaco, ou quem sabe, algum ladrão. Os cães uivaram mais alto.
A tempestade caia, e nós resolvemos voltar para a cama. Combinamos de trancar as janelas e as portas dos quartos. Ainda ouvi, quando me encaminhava para o meu quarto, mamãe dizer que