Resenha do filme " narradores de javé"
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O filme dirigido por Elaine Caffé mostra vários temas relacionados com a história do mesmo, no caso seria: a história oral, a oficial, sua cientificidade, a união com a literatura, o vídeo, diferentes apoios para a história, diferentes olhares, a busca de uma “verdade”, teoria e método. O longa se trata de um povoado fictício, que está prestes a ser inundado para a construção de uma hidrelétrica. Para mudar esse rumo, os moradores de Javé resolvem escrever sua história e tentar transformar o local em patrimônio histórico a ser preservado. E o único que era alfabetizado em Javé ema Antônio Biá, no qual fica encarregado de recuperar a história e colocar no papel de forma “cientifica” as memórias dos moradores. Por parte, o “salvador de Javé” tinha sido expulso da cidade por inventar fofocas escritas sobre os moradores e mandava para várias cidades, e isso apenas para salvar o seu trabalho no correio. Mas o escolheram também como uma forma se redimir com os moradores. O filme tem um desenvolvimento muito difícil para Biá, que tenta reunir uma história a partir de cinco versões diferentes, contendo então uma multiplicidade de fragmentos, memórias incompatíveis entre os mesmos. Nas versões os heróis de Javé são mudados diante do narrador. Temos o exemplo de quando foi à mulher a contar a sua versão da criação de Javé. A mesma disse que era uma grande heroína que havia fundado o pequeno vilarejo. E outro exemplo fora de um narrador negro, no qual ele chega a cantar sobre a historia do vilarejo, e o herói era negro. De todos os modos, o filme mostra a disputa entre a historia oficial, a oralidade e a escrita. Só que com todas as confusões, Biá acaba entregando o livro para os moradores em branco. Pois o mesmo não sabia o que cientificar no livro, todos o cobram uma historia para salvar Javé, mas ele diz que Javé não havia feito nada de importante em toda a sua história, e quando os moradores lhes viram as costas, ele sai andando de costas pra seu