Fundamentos Da Teoria Comportamental Cognitiva Artigo
Roosevelt R. Starling
Publicado em Brandão, M.Z.; Conte, F.C. e Mezzaroba, S. M. (orgs). Comportamento Humano: tudo ou quase tudo que você gostaria de saber para viver melhor. Santo André: Esetec, pp. 13-38
Pelo barulhão que as colheres faziam nas panelas onde Quitéria preparava o almoço da família, todo mundo na casa sabia que ela estava num dia daqueles: uma cobra de braba.
Desgraçado, filho-da-mãe, cachorro, cretino! resmungava Quitéria, numa ladainha interminável e repetida, ouvisse quem quisesse ouvir, tapasse os ouvidos quem não quisesse. E, a cada xingamento, colheradas nas panelas: des – PÁ! - gra – PAM! ça – PAF! - do! – BUM!
É que, mais uma vez, o Aleluia, seu marido, havia chegado tarde do trabalho. Bem, não era bem isso...ou melhor, era isso, mas era mais do que isso, ou era isso e mais do que isso. Aleluia havia chegado tarde do serviço e com um bafo de água-que-boinão-bebe que encheu a casa na horinha mesma em que ele disse um
“boa noite” cabreiro, assim meio de
lado, dando para Quitéria aquela olhada de cachorro que rasgou roupa no varal. Sejamos justos: bebum, assim bebunzão mesmo, estava não.
Altinho, meio-que-besta, meio-mole, alterado...ah!, isso é que sim. Mas, de tudo isso, o que deixava Quitéria puruca da vida era o “mais uma vez”.
Ó, Aleluia, vou te falando logo…
disse a Quitéria para um Aleluia meio sem graça quando aquilo havia acontecido pela segunda ou terceira vez no seu casamento eu não sou desse tipo de mulher que briga à toa, que implica com qualquer coisinha.
Nem fico vigiando homem meu, não.
Eu cuido das minhas obrigações, eu sou uma mulher direita e o que eu quero de você é a mesma coisa. Não quero saber de vizinhança minha falando que sou mulher de bêbado e de vagabundo e NÃO ADMITO, ” e nessa hora Quitéria deu um grito e o
Aleluia deu um pulo. …não aceito de jeito nenhum que filho meu vá
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passar vergonha na rua por maledicência do pai!
Quitéria era mulher resolvida nesses