Nacionalismo e crises economicas
PEDRO HENRIQUE GARBELLOTTI DE MELO
A FORMAÇÃO DO ESTADO MODERNO BRASILEIRO E SUA RELAÇÃO COM A MODERNIZAÇÃO.
CURITIBA 2014 Ester artigo pretende abordar a relação entre a formação do Estado Moderno e a modernização no Brasil. A importância de se discutir esse tema se deve a necessidade de analisar o processo de formação do Estado brasileiro e buscar entender suas implicações na conjuntura sociopolítica e econômica no cenário atual.
A discussão se dará da seguinte maneira: Primeiramente irei discutir alguns conceitos de suma importância referentes à sociologia de Max Weber; em seguida, buscarei relacionar esses conceitos weberianos com a formação histórica do Estado Moderno brasileiro para posteriormente tentar verificarse essa formação contribuiu ou não para a modernização do Estado brasileiro.
MAX WEBER E O ESTADO RACIONAL MODERNO Segundo Weber (2007, p. 56), o Estado Moderno só pode ser definido pelo meio que lhe é peculiar, ou seja, o uso da coação física; assim este deve ser concebido como “uma comunidade humana que, dentro dos limites de determinado território, reivindica o monopólio do uso legítimo da violência física”. Entretanto, como mostrado na definição, a violência precisa ser legitimada, isto é, é necessário que o indivíduo se submeta, por um sentimento de dever, às reivindicações do dominador; essa submissão só se da por meio da dominação. Dominação é um caso especial de poder e, segundo Weber (2004, p. 191), consiste em uma situação em que a vontade manifesta de um dominador quer influenciar as ações dos dominados, e de fato as influencia de tal modo que estas ações se realizam como se os dominados tivessem feito do próprio conteúdo do mandato a máxima de suas ações (obediência). Existem três tipos de dominação: i) Dominação Burocrática; ii) Dominação Tradicional; iii) Dominação