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Nação e Civilização nos Trópicos: o Instituto Histórico Geográfico Brasileiro e o projeto de uma história nacional
Manoel Luis Lima Salgado Guimarães
Resumo
Este artigo examina o projeto historiográfico implementado pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) em seu objetivo de pensar e escrever a história nacional. Fundado em 1838, num período em que o Estado Nacional centralizador deparava-se com a resistência de diversos setores da sociedade brasileira, o IHGB criou uma linha de interpretação da história brasileira baseada no papel civilizador e progressista do Estado (primeiramente português e, a partir de 1822, brasileiro). O Instituto desempenhou, no século XIX, um importante papel homogeneizador das elites políticas e intelectuais, contribuindo significativamente para a formação dos mitos e do imaginário da nacionalidade. A Revista do Instituto Histórico, que o IHGB publicou regularmente a partir de sua fundação, constituiu um destacado espaço de discussão de natureza política e cultural em torno de questões da organização social, de suas bases e conteúdo, durante o século XIX, provando ser uma fonte indispensável de análise dessa instituição e de sua produção acadêmica sobre o Brasil.

Manoel Luiz Salgado Guimarães
Manoel Luiz Lima Salgado Guimarães (Rio de Janeiro, 16 de fevereiro de 1952 - 27 de abril de 2010) foi um historiador brasileiro.
É considerado referência nos estudos historiográficos brasileiros.
Vida
Durante a juventude, chegou a cursar Comunicação Social. Porém, ao conhecer textos de Michel de Certeau, encantou-se com as possibilidades da escrita do passado e adotou o caminho sem volta do estudo da História.[1]
Concluiu a graduação em História na UFF. Em seguida, ingressou no mestrado em Filosofia na PUC-RJ.[2] Posteriormente, concluiu o doutorado em História pela Freie Universitat de Berline em seguida o pós-doutorado na EHESS.[1]
Foi presidente da Associação Nacional de História e até sua morte foi professor da UFRJ e da