Na noite escura
A intenção do deste texto é analisar a obra “Na noite escura” de Bruno Munary, Com um olhar especial para os elementos da narrativa. Este livro foi publicado pela primeira vez em 1956, nesta época não tínhamos ainda uma tecnologia voltada para os livros, porem esta nova leitura publicada em 2008 supera quaisquer expectativas do leitor, e se tratando de uma obra infantojuvenil é verdadeiramente uma obra de arte.
Em um ambiente já determinado pelo próprio titulo em uma “noite” a obra nos convida para desvendar os mistérios desta noite, as cores predominantes na capa é o preto que estar em toda ela e o azul marinho que surge no titulo, elas conversam o tempo todo dando ao livro uma sensação de mistério e obscuridade e um (gato) no centro da capa, animal traiçoeiro e com isso reforça a idéia desta “noite” que segue em anonimato e instiga a curiosidade do leitor. Vale comentar que os olhos do gato são amarelos e enormes transmitindo a ideia de que há esperança, luminosidade mesmo em um ambiente escuro.
Uma luz brilha constantemente no ar e o gato personagem principal da narrativa saiu para namorar a gata, sendo assim fica curioso para desvendar os mistérios daquela luz que parece ser tão interessante ao mesmo tempo em que intrigante. O gato passeia entre todos e segue adiante pagina por pagina seguindo a luz amarela na noite juntamente com outras experiências e aventuras que só a noite oferece. Estar luz é representada por um pequeno furo na folha do livro.
Amanheceu agora já não é noite, o dia raiou e essa manha é representada pelo papel vegetal e novos personagens surgem; pássaros mortos, insetos, gafanhotos, caracóis, e até mesmo uma linda trilha de formigas, neste momento aquela luzinha amarela citada anteriormente desaparece. Esse amanhecer em papel especial faz parte de um conjunto de recursos utilizado pelo próprio Munary também ilustrador da obra para situar o leitor em um novo espaço e ambiente.
As lindas formigas nos leva até