Método
01- Desafio do Método É através dos problemas que desafiam a compreensão dos cientistas, que as ciências avançam. Mesmo quando esses problemas são resolvidos, surgem outros que exigem novas pesquisas. Assim diz o filósofo George Kneller: “O problema resolvido é um elo na cadeia de problemas e suas soluções, através dos quais a ciência avança. De um modo geral, uma nova teoria é fonte muito fecunda de problemas, através das predições que gera.” O movimento da ciência nos mostra, que as conclusões, são históricas e provisórias, pois sempre estão enfrentando novos questionamentos. Em um primeiro momento o que nos interessa é indagar sobre os procedimentos dos cientistas diante dos problemas, ou seja, qual o método (ou quais os métodos) da ciência? Para alcançar certo objetivo, precisamos agir com métodos, desenvolvendo vários procedimentos ordenados, que nos levem em direção à verdade procurada ou a ação desejada. Na vida cotidiana, o método utilizado é o senso comum, onde pelo qual procuramos resolver problemas ou realizar uma ação, por exemplo, uma viagem. Quando se trata de ciência, mesmo que muitas vezes também sejam usados procedimentos do senso comum por ensaio ou erro, as exigências de rigor são maiores. O método tem atenção desde a antiguidade, mas, a esse respeito diz o filósofo francês Gilles-Gaston Granger:
[...] existem duas áreas em que se haviam desenvolvido, muito antes [do séc.XVII], conhecimentos que ainda hoje designamos como ciências: o das matemáticas e o da astronomia. Mas a exploração dos fenômenos da natureza que não os movimentos regulares dos astros, embora muito ativa, efetuava-se na Antiguidade e na Idade Média de maneira, por assim dizer, anárquica e dispersa. Faltava um quadro unificador dos meios e dos métodos, mas sobre tudo, e mais profundamente, da própria ideia do ‘objeto a ser descrito’, do tipo de explicação esperado dos fenômenos observados. A partir do século XVII, pensadores como René