Método, economia e eficiência nos estudos
APRENDER A APRENDER NA UNIVERSIDADE
Quem acaba de ingressar numa faculdade precisa ser informado sobre a maneira de tirar o máximo proveito do curso que vai fazer.
Em primeiro lugar, o calouro vai perceber que muita coisa mudou em comparação àquilo com que estava acostumado em seus cursos de primeiro e segundo graus. E quem não souber compreender devidamente o espírito dessa nova situação para adaptar-se ativa e produtivamente a ela perderá preciosa oportunidade de integrar-se desde o início no ritmo desta nova etapa de ascensão no saber, que se chama vida universitária.
Dizíamos que muita coisa mudou, e que é preciso entender o espírito desta mudança propositada e necessária, com vistas na adaptação a uma organização ativa e produtiva na vida de estudos.
No curso médio, os alunos andam uniformizados, não podem fumar no recinto da escola e as classes são bastante homogêneas; no curso superior nada disso acontece; as salas de aula são mais amplas e bastante heterogêneas; não raro, ao lado de um jovem de dezoito anos senta-se um diretor de escola ou um gerente de empresa. Os programas do curso médio apresentam dificuldades igual para todos os estudantes , enquanto na faculdade a formação heterogênea dos alunos faz com que os programas não apresentem dificuldades iguais para todos. No colégio, os diretores e os professores dão ordens fiscalizam seu cumprimento; na faculdade, os acadêmicos recebem orientações. Afinal, na faculdade todos são tratados como adultos responsáveis e capazes de dirigir a própria vida social, disciplinar e de estudos. Sempre porém há o perigo da má interpretação deste novo clima, especialmente quando não se é, de fato, adulto responsável.
Que pensar de um acadêmico que não se preocupa com a pontualidade porque o professor respeita seu direito de chegar com algum atraso, por motivo que um adulto julgaria razoável? O que acontecerá com o acadêmico que não organiza o seu tempo de estudo