Método de Coloração de Gram
Coloração de Gram foi desenvolvida em 1884 pelo bacteriologista dinamarquês Hans Cristian Gram. Ela é um dos procedimentos de coloração mais úteis, pois classifica as bactérias em dois grandes grupos: gram positivas e gram-negativas.
As formas das bactérias podem ser observadas através da coloração de gram que as dividem em dois grupos: gram-positivas e gram-negativas. A técnica de gram expressa diferentes características bacteriológicas especialmente referente à composição química, estrutura, permeabilidade da parede celular, fisiologia, metabolismo e patogenicidade (Burnett & Schuster, 1982; Nisengard & Newman, 1994).
A parede da bactéria gram-negativa é constituída por estruturas de múltiplas camadas complexas não retentoras do corante quando submetida a solventes
solúvel que a torna descolorada, ao passo que, ao ser submetida a outro corante adquire nova coloração.
Contrariamente, a parede da célula gram-positiva consiste de uma única camada que retem o corante aplicado, mas não se sujeita a nova coloração pelo segundo corante.
Esta parede constitui-se por um polímero denominado peptidioglicano, composto de unidades de natureza glicídica e peptídica de espessura que varia entre 20 a 50nm. Além do peptidioglicano, integram esta estrutura os ácidos teicóicos, compostos por ribitol ou glicerolfosfato. Os ácidos teicóicos relacionados á membrana são de natureza do glicerolfosfato e denominados ácidos lipoteicóicos.
O glicolípideo e o ácido lipoteicóico se ligam ás membranas celulares, particulamente de linfócitos e macrófagos, resultando em ativação celular. São capazes, também, de ativar a cascata do complemento, o que resulta na indução