Mão-de-obra na construção naval: os estaleiros de Lisboa e de Vila do Conde
Vila do Conde
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Trabalho realizado para a UC: História Moderna de Portugal II
Introdução
O tema que escolhi, conforme diz o título do ensaio foi a mão-de-obra na construção naval, neste caso, em dois portos específicos: Vila do Conde e Lisboa. Este tema suscitou-me curiosidade aquando a escolha do artigo para o primeiro trabalho para a unidade curricular de História Moderna de Portugal II. Deparei-me com várias questões sobre o assunto, como por exemplo: Que quantidade de mão-de-obra era necessária para fazer mover esta grande indústria? Que diferentes categorias de trabalho estavam envolvidas nos estaleiros navais? Quanto recebiam os funcionários?
Que lugar os funcionários da Construção Naval ocupavam na sociedade dos séculos
XV/XVI? As perguntas ficaram respondidas quando comecei a ler a bibliografia que escolhi. No entanto, era necessário fazer uma comparação crítica dos dados obtidos, pois não iria fazer um reconto do que tinha lido.
Neste ensaio serão então evidenciadas as respostas que obtive, às minhas perguntas, a partir da leitura que fiz, a respetiva comparação dos dados de cada estaleiro e uma pequena crítica.
Vila do Conde
Segundo os dados obtidos a partir da documentação existente que nos relata a importação de matérias-primas e os trabalhos do estaleiro, pode-se dizer que Vila do
Conde e Azurara eram portos com bastante trabalho. Pode-se dizer que o corpo de oficiais envolvidos nesta indústria eram os calafates e os carpinteiros da ribeira. A autora diz, “os números apresentados numa tentativa de contabilizar os contingentes desses profissionais são meramente aproximativos e condicionados por duas variáveis que importa não esquecer: a natureza das fontes tratadas (…) e o facto de o número de oficiais que laboravam em Vila do Conde e Azurara não depender em exclusivo de uma dinâmica de mercado interno, mas