historia

M a r i n ú s P i r e s d e L i m a *AnáliseSocial,vol.XVIII(72-73-73),1982-3.º-4.º-5.º,1299-1366

Colaboração de Duarte Pimentel, Fernanda Fialho, Maria de Jesus Botelho e Pedro Rivera

Notas para uma história da organização racional do trabalho em Portugal (1900-80)alguns resultados preliminares de uma investigação em curso**
1. INTRODUÇÃO
O processo de difusão da organização racional do trabalho em Portugal é praticamente desconhecido, o que torna urgente iniciar a sua pesquisa. Apresentam-se aqui os primeiros resultados deste projecto.
Partindo-se de um estudo monográfico1, procurou-se depois recolher e tratar a informação disponível, em ordem à formulação de algumas hipóteses orientadoras de análises comparativas de indústrias nacionais, contribuindo para o conhecimento sistematizado de um conjunto de transformações sociais que acompanharam o processo de industrialização.
O objectivo deste projecto de sociologia histórica do trabalho abrange o desenvolvimento tecnológico e as suas articulações com a história dos empresários industriais e da classe operária em Portugal entre 1900 e 1980.
Na segunda parte do presente artigo abre-se caminho para a análise da difusão de algumas ideias e práticas (produzidas por Taylor, Ford e os seus seguidores) num grupo, relativamente restrito, de empresários, investigadores e técnicos nacionais durante a l.a República.

* GIS/Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa.
** Este artigo faz parte de um estudo mais amplo sobre a organização racional do trabalho em Portugal, apoiado pela Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica. Colaboraram na recolha, tratamento de dados e redacção da versão preliminar (que constituía a comunicação colectiva ao Colóquio) os Drs. Duarte Nuno Pimentel, Fernanda Infante Fialho, Maria de Jesus
Botelho e Pedro Croce Rivera. Na última fase da pesquisa participou Filomena Maria Ouro Bóia.
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