Musica
O contraponto é uma técnica de composição onde duas ou mais melodias são compostas levando-se em conta simultaneamente o perfil melódico de cada melodia, bem como o efeito intervalar (harmônico) oriundo da sobreposição de cada linha melódica.
Essa técnica tem em sua origem o propósito de traduzir em música a fé religiosa, refletindo a eterna busca de Deus através da música.
O termo origina-se do latim punctos contra puntum (nota contra nota) e surge na época em que o canto gregoriano ou cantochão começou a ser substituído nas igrejas pelo canto com mais do que uma linha melódica (voz). Foi criado como o propósito de traduzir em música a fé religiosa, refletindo a eterna busca de Deus através da música. (CONTRAPONTO – MÚSICA, 2011)
No contraponto o foco primeiro é a interação melódica e em segunda instância têm-se os efeitos harmônicos gerados quando linhas melódicas soam concomitantemente. Assim, conclui-se que para a criação da textura sonora na perspectiva do contraponto, os aspectos harmônicos são considerados secundários. O que quer dizer que a ênfase composicional está mais na horizontalidade (melodia) e menos na verticalidade (harmonia). Entretanto, há de se ressaltar que uma separação por completa entre harmonia e contraponto não é possível, pois não há como se compor melodias simultâneas sem produzir harmonia, bem como não há de se compor harmonia sem a atividade linear.
As figuras mais célebres da técnica contrapontística desta época foram o italiano Giovanni da Palestrina e o flamengo Orlande de Lassus.
A obra “Sicut cervus” presente no link a seguir é uma Palestrina, com uma escrita melodiosa e rica, de grande equilíbrio formal e nobre expressividade, preserva a inteligibilidade do texto. Um padrão que foi seguido, no contexto da música coral, em todo o continente europeu desta época: http://www.youtube.com/watch?v=9mdmco61Htk&list=PL7ACA3C5E038CA2E4&index=1&feature=plpp_video Vale destacar que o contraponto se mostrou