Musica
Portuguesa e o degredo para o Brasil-Colônia
Geraldo
Aquele : Diogo Fernandes.
AN/TT. Inquisição ile Lisboa, processo SX35: Francisco de Barros.
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locais sobre os degredados' Foram numerosos aqueles cujas pistas se perderam'' Foram muitos aqueles que fugiram, peneirando no interior das terras constituindo famílias, tornando-se bons brasileiros e posteriormente qualificados como descendentes de gloriosos ancestrais portugueses, bravos marinheiros ou comerciantes ambiciosos
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De fato, o estudo dos degredados da Inquisição, homens ou mulheres, nobres ou peões, cultos ou iletrados. novos ou velhos cristãos, estimula o historiadora se interrogar constantemente sobre as numerosas pistas abertas no decorrer de suas pesquisas. I )as suas descobertas emerge toda espécie de problemas difíceis: o retorno ao lar português ou a inserção mais ou menos definitiva do degredado no mundo do trabalho colonial são apenas dois aspectos deste estudo. F. evidente que certos degredados foram considerados úteis e outros foram mal acolhidos segundo a conjuntura, o tempo ou o lugar Os acusados perante o Santo Oficio foram excluídos de suas comunidades de origem por causa de seus pecados contra a fé e a moral Os inquisidores os baniram do paraíso português para um purgatório brasileiro, 'feria razão Antonil, em I 707, ao reafirmai o provérbio que o Brasil seria "o inferno tios negros, o purgatório tios brancos e o paraí-so dos mulatos e tias mulatas'"'' O que sabemos e que muito antes do ilustre autor da obra "('ullura e opuléncia do Brasil", a colônia já era mal vista pelo português reinol liste sentimento de rejeição havia sido manifestado por (lil Vicente em seus autos Fm I 5 10, o autor cantou no Auto da Fama: "Com ilhas mil. deixai a terra do Brasil". Para
( i i l Vicente, no seu celebre Auto da Barca tio Purgatório, uma peça de teatro tle 1518, o fato de npara o Brasil significava um destino infeliz
Nesta