musica medieval
A música medieval foi formada a partir das influências da música grega e da liturgia judaica. Em virtude da cristianização do Ocidente e ascensão ao poder da Igreja Católica, a música passou a ser "um meio de predispor as almas a receber os ensinamentos cristãos" (ESPERANDO, 2010, pg.59).
Durante a Alta Idade Média vigorou o cantochão, ou canto gregoriano- especialmente em virtude da imposição de Carlos Magno - que tinha como características: ser estritamente vocal, monofônico, executado sempre em uníssono, não excedendo extensão de uma oitava, priorizando o texto, sempre em latim, cantado somente por homens e sem acompanhamento musical. As melodias eram simples, com poucas mudanças de notas.
Durante a Alta Idade Média o ensino desse canto foi feito oralmente, pois não havia notação, sendo a memória essencial para qualquer músico dessa época. Entretanto, inovações ocorreram com a introdução dos neumas, precursores das atuais notas e linhas, precursoras da atual pauta. A necessidade impulsionou as transformações necessárias para que a notação musical se concretizasse ao mesmo tempo em que escolas de canto eram abertas e "meninos cantores" passaram a ser treinados desde a infância, a fim de servirem à Igreja. A profissionalização da música - no sentido de ser elaborado o suficiente para necessitar de ensino específico - foi se impondo, pouco a pouco, no medievo (é um termo criado para referir-se ao modo como os renascentistas chamavam a era medieval).
O organum, na Ars Antiqua, introduziu a polifonia. Na Ars Nova o desenvolvimento continuou. instrumentos, como o órgão, as harpas, alaúdes guitarras, vielas, charamelas, buzinas, etc, se desenvolveram nesta época. O que se percebe, ao analisar a história da música na Idade Média é que devemos a esse período a semente da nossa atual notação musical, bem como do próprio sistema tonal, que ali começa a se desenvolver. A escrita musical permitiu que a composição substituísse a improvisação, além de