Museu de Ciências da Terra: rastros da Memória da Mineralogia Brasileira

2007 palavras 9 páginas
A cidade traduz uma potência que acompanha os movimentos sociais na variedade de dimensões temporais no espaço físico, ambiente repleto de uma sedução de imagens que nós buscamos decifrar.
As modificações na paisagem do Rio de Janeiro são aceleradas pelo movimento de modernização iniciado nos séculos XVIII e XIX que dotou as cidades de civilidades como museus, universidades, academias, instituições de arte e templos de saberes, aonde afloravam signos compartilhados no convívio social, concatenado a uma dinâmica “europeizante” iniciada em 1808, quando a repentina migração da Corte gerou um “choque cultural” na população, composta por cativos e trabalhadores livres e a comitiva portuguesa. As transformações atingem seu ápice até então na primeira metade do século XX quando a rotina dos habitantes era marcada por novas formas de consumo e status no Rio de Janeiro, que já se acreditava civilizado.
Nas primeiras décadas da República a brisa moderna trazia a percepção da aceleração do tempo o que significava para alguns mal estar, para outros fonte de inspiração ao olhar a cidade como campo lúdico e de novas diversões, não apenas lugar do trabalho, mas da socialização. Nessa esteira temos fontes inesgotáveis como a literatura de João do Rio sob o Rio de Janeiro e seu olhar atento ao seu dandismo costumaz1. É nesse sentido que a cidade é mais um personagem que simplesmente um locus, trata-se de uma mudança epistemológica fundamental que dota os sujeitos de uma nova postura.
Em 1908, data do primeiro centenário da chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, as elites republicanas compartilhavam a proposta de exibir para o mundo todo a modernidade e o esplendor da cidade, através de uma Exposição Nacional. A exposição Nacional de 1908, (Agrícola, Pastoril, Industrial e de Artes Liberais) em comemoração ao centenário de abertura dos portos às nações amigas, localizou-se na Praia Vermelha, Urca. Assim, um século após o desembarque do Príncipe D. João no Rio de Janeiro, a

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