Multiculturalismo
Sociologia – 2o ano; turma C
Resumo capítulo 20 - MULTICULTURALISMO
Definição pessoal: processo simbólico complexo. Trata-se da interpenetração de culturas, o contato entre elas, seja por meio de um mesmo signo disputado por grupos e repertórios culturais, seja por meio dos atritos que se destacam num mundo globalizado, onde diferentes culturas estão em contato cada vez mais próximo.
1. A produção simbólica
No entendimento da cultura não é a materialidade dos signos que importa, mas o seu valor simbólico e a sua repercussão nas relações sociais. Se, no passado, os conflitos se davam nas disputas territoriais, na crença da supremacia cultural ou social de um grupo sobre outro, hoje os confrontos envolvem a produção simbólica e a disputa por diferentes visões de mundo. Ou seja, a questão do conflito não é o território, objeto ou monumento, mas sim a colaboração deste na definição do ser de um grupo, no patrimônio cultural. É uma noção menos apegada à produção material dos povos e mais ligada a seus processos simbólicos.
2. Global, nacional, local
Uma das mais importantes e bem sucedidas formas de organização social criadas pelas sociedades humanas foi o Estado-nação. A ideia de nação é capaz de estabelecer relações de proximidade e distância, identidade e estranhamento, gerando sentimentos de pertencimento e exclusão em relação à entidade abstrata e simbólica que é o Estado. Ou se pertence a uma nacionalidade ou se pertence a outra. Políticas culturais e educativas afirmam e oficializam a unidade linguística da nação e cria um imaginário comum que aproxima as pessoas que àquele Estado “pertencem”.
Assim, a cultura nacional se impõe, enfraquecendo as diferenças regionais (étnicas, religiosas e mesmo linguísticas – foram estabelecidas fronteiras às formas de se viver). Estas foram soberanas por quase cinco séculos, e voltam a entrar em cena a partir da década de 1990, com as novas formas de identidade: os Estados nacionais foram abalados pelo