mulheres mastectomizadas
O trabalho destes investigadores teve como principal objectivo conhecer a influência da mastectomia na função sexual e na imagem corporal da mulher. Para o efeito reuniram uma amostra constituída por 69 mulheres mastectomizadas, devido a cancro da mama, e 66 mulheres que não tiveram cancro da mama, que constituíram o grupo normativo.
Ao Ciência Hoje, Rui Vieira e Lurdes Santos Seara adiantaram que o estudo permitiu constatar que “as mulheres mastectomizadas apresentam pior imagem corporal e pior função sexual do que as mulheres do grupo normativo”, sendo deste modo possível concluir que “a mastectomia tem sérias repercussões na imagem corporal e na função sexual da mulher”.
“A mulher, como consequência da mastectomia pode sentir o seu corpo incompleto, imperfeito, pode sentir-se menos feminina, menos atraente sexualmente, receando não ser desejada ou até mesmo ser rejeitada pelo parceiro. Isto, aliado à existência de uma correlação positiva entre a imagem corporal e a função sexual da mulher, verificada neste estudo, determina a existência de um impacto negativo também na função sexual da mulher”, pormenorizam os entrevistados.
O estudo permitiu também verificar que o parceiro tem um papel importante na aceitação da nova condição física. Lurdes Santos Seara e Rui Vieira comentam que existe uma “correlação positiva entre o apoio que a mulher sente que recebeu do parceiro durante a doença e a sua imagem corporal e função sexual”, o que permite concluir “que o