Mulher na sociedade capitalista.
A mulher vem ocupando cada vez mais seu lugar na sociedade, com muitas lutas, movimentos e organizações sociais. Mas vale analisar de que forma ela vem sendo inserida nesse contexto. Atualmente, a mulher é “convidada” a atuar profissionalmente, exercendo assim uma dupla jornada e segundo Castells( 2004) até uma tripla ou quadrupla jornada. As relações sociais são construídas, gênero é fundado em bases econômicas, antecede a sociedade capitalista. Já o sexo são determinações biológicas, sendo assim gênero e sexo se correspondem “nem um, nem outro se sobrepõe”. Nos últimos trinta anos muita literatura relacionada à mulher foi produzida, em especial na Inglaterra, Estados Unidos, Itália e França. Dentro dos marcos do capitalismo, esses estudos são importantes porque tornam cada vez mais visível a desigualdade da mulher, principalmente sobre os países imperialistas. Apesar deste ter proporcionado varias “conquistas”, como maior visibilidade, não surgem resoluções para a opressão da mulher na sociedade capitalista. O capitalismo se apropria e reconfigura o patriarcado para atender as suas necessidades para manter a repressão da mulher, com isso é impossível em uma sociedade de classes haver uma igualdade entre os gêneros. Fica claro quando fazemos uma analise de conjuntura e vemos que o capital dá preferência aos homens e não as mulheres como força de trabalho; aceita a mulher porque lhe convém, até mesmo pela questão dos números, pois quanto maior for à procura pelo mercado de trabalho menor será o salario oferecido pela burguesia. O capital se aproveita de toda e qualquer mão de obra disponível. A desigualdade é fruto de um processo histórico do qual se inicia com a divisão sexual do trabalho e se consolida com a constituição dos gêneros sociais. As mulheres desde cedo são educadas pra limpar a casa e cuidar dos irmãos, em outras palavras são determinadas a profissões que requer maior cuidado,