Mulheres e trabalho

MULHERES E TRABALHO

Ao longo das últimas décadas as mudanças do papel social da mulher foram profundas e repercutiram na rotina do homem e na estrutura da sociedade. No passado, a fertilidade feminina era uma característica que tornava a mulher mais reconhecida na sociedade. Era seu “passaporte” em termos sociais. Ter filhos significava a continuidade da família, da propriedade e a garantia da mão de obra – filhos homens – e para cuidados com o lar, as filhas mulheres. Se ao homem cabia o trabalho fora do lar, a mulher foi ficando cada vez mais dentro da esfera doméstica. Homens e mulheres posicionam-se de forma diferente perante o trabalho. Sob o aspecto biológico, as diferenças entre o homem e a mulher deram origem à chamada divisão natural do trabalho. Com o surgimento da máquina, as oportunidades de trabalho remunerado para a mulher ampliaram-se consideravelmente. Na medida em que a mulher se sente capaz de competir no mercado de trabalho acontece uma mudança significativa de atitude social. Com isso, várias conseqüências se apresentam na vida familiar, tais como: a média de filhos ou o casamento ou relacionamentos amorosos com uma nova conotação. As obras iniciais de Marx, com maior teor filosófico, ressaltam um estudo mais voltado ao desenvolvimento do espírito humano. Segundo os Manuscritos Econômico-Filosóficos, vê-se, entretanto, que, com o desenvolvimento da maquinaria e, com isso, a crescente substituição do trabalho vivo (humano, que cria valor) pelo trabalho morto (maquinal, que apenas transfere parte de seu valor total a cada mercadoria que cria), há a crescente limitação e quebra do espírito humano, pela imoralidade e embrutecimento de trabalhadores e capitalistas. Como expresso pelo próprio autor, apesar do aumento do mundo das mercadorias, provocado pelo