Mulher de hoje
Desde os primórdios as mulheres sempre foram caracterizadas com um ser fraco, cuja única finalidade era gerar filhos, crença reforçada e exaustivamente difundida pelos religiosos, as mulheres era proibido qualquer tipo de atividade que se necessita de força física (como participar de guerras) ou ate mesmo o exercício pleno dos seus direitos cívicos, como concorrer ou eleger os seus dirigentes. Em todo Mundo as mulheres lutaram bravamente em busca dos seus direitos, da "igualdade", uma batalha que varou séculos de lutas, de humilhações.
Duas categorias de mulheres convivem no nosso tempo: a mulher de ontem e a mulher de hoje.
A mulher de ontem é considerada à imagem e semelhança da mãe. A imagem da mãe é de assexuada, sem desejo próprio, santa, imaculada, que “padece no paraíso” ou que goza ao realizar o desejo dos outros. A ‘boa mãe’ é aquela que abdica de seus desejos para realizar os desejos dos filhos, marido, parentes, vizinhos. Ainda é assim: “boa mãe” é aquela que no final do dia é um trapo de cansada, sem ânimo para nada, inclusive para satisfazer o desejo sexual do marido.
Ao contrário da mulher de ontem, a mulher de hoje é senhora do seu desejo, é anti santa, e a meta de ser mãe fica no horizonte. Ela se assume como dona do seu corpo, ocupa os espaços e administra o seu tempo. Seu corpo, ela usa-o como bem entende. Procura aprimorá-lo com uma malhação ou turbiná-lo com silicone. Ela usufrui das conquistas das mulheres da década de 1970: a pílula anticoncepcional, a masturbação, o amor-livre, e hoje ela toma iniciativa em relação ao homem ou mulher do seu desejo. Seu espaço, digamos, está para além do lar: ela não quer ser dona-de-casa, nem ter um trabalho de faz de conta fora do lar, porque seu olhar está para além dos limites das convenções, isto é, ela investe no estudo e na carreira profissional, e aspira um trabalho profissional e poder.
Hoje, 60% das mulheres ocupam os bancos das universidades