Mulher climatérica
Devido ao aumento da expectativa de vida, o climatério passou a ser considerado um problema de saúde pública no Brasil. Apesar de não ser uma doença, o climatério tornou-se um momento difícil a ser enfrentado pelas mulheres por causa da sintomatologia decorrente do déficit hormonal.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o climatério é definido como uma fase biológica da vida da mulher que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo.
O período se inicia a partir dos 35 anos de idade e vai até os 65 anos, quando a mulher é considerada idosa. A menopausa corresponde ao último ciclo menstrual, somente reconhecido depois de passado 12 meses da sua ocorrência.
Naturalmente e inevitavelmente as alterações biológicas causam transtornos orgânicos, psicológicos e sociais. No início do climatério ocorrem desordens no ciclo menstrual denominados de pré-menopausa, caracterizados pelo começo do declínio do estrogênio e aumento gradual do FSH e LH.
Durante o climatério ocorre um conjunto de declínios fisiológicos do sistema endócrino que causam modificações no epitélio e na musculatura vaginal, diminuição gradual da função ovariana e maior rigidez na pele devido a alterações do colágeno. Cerca de 60 a 80% das mulheres apresentam sintomas oriundos desses declínios hormonais no organismo. As principais queixas corporais estão relacionadas com o ressecamento vaginal, urgência miccional devido à atrofia urogenital, agravamento da incontinência urinária, ondas de calor diurno e noturno (fogachos), sudorese, calafrio, palpitações, cefaleia, tonturas, fadiga e diminuição da resistência e calcificação dos ossos no corpo inteiro, atingindo de forma considerável 15% das mulheres.
A falta de estrogênio pode causar a diminuição da densidade óssea (Osteopenia). Em casos extremos, a Osteopenia pode desenvolver para a Osteoporose, aumentando a fragilidade dos ossos e trazendo um elevado risco de fraturas. A Osteoporose deve ser detectada na fase