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FUNDAMENTOS DA PSICOSSOCIOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES E SUAS CARACTERISTICAS

“O homem é, por natureza, um ser político. Aquele que por natureza não possui estado é superior ou mesmo inferior ao homem, quer dizer: ou é um Deus ou mesmo um animal.” (Aristóteles, Politica 1253ª, 27-29)

“O homem é essencialmente sociável; sozinho não pode vir a este mundo, não pode crescer, não pode educar-se; sozinho não pode nem mesmo satisfazer suas necessidades mais elementares, nem realizar as suas aspirações mais elevadas. Ele pode obter tudo isto apenas em companhia dos outros. Por isso, desde o aparecimento do homem sobre a terra, encontramos o homem sempre colocado em grupos sociais, inicialmente muito pequenos (a família, o clã, a tribo) e, depois, sempre maiores (a aldeia, a cidade, a Estado). Enquanto o nível cultural da humanidade se eleva, a dimensão da sociabilidade se expande e se enriquece. Hoje, ela alcançou um horizonte sem fim: de nacional tornou-se, primeiro, internacional, e depois intercontinental e agora está assumindo proporções planetárias.”1

Não é preciso ser muito inteligente para constatar que a maior parte das nossas actividades ocorrem no contexto de um grupo ou de uma organização. Nascemos em maternidade, frequentamos creches, vamos à escola; quando adultos, trabalhamos em empresas ou repartições estatais; somos membros de sindicatos, sócios de um clube ou de um partido político, membros de uma confissão religiosa; divertimos indo ao cinema, ao teatro, a um concerto, à discoteca; compramos em mercados ou lojas; quando doentes, somos tratados em hospitais ou em clínicas; idosos passamos os nossos últimos dias em Centros de acolhimento dos Idosos (Asilos).

2.1. NOCÕES GERAIS
Os termos sublinhados no parágrafo anterior salientam uns tipos de agrupamentos sociais que são distintos uns dos outros. Eles não têm todos a mesma composição, finalidade e organização. São óbvias as diferenças entre a família e o grupo de amigos. Por isso, há