Mucosite Bucal
Sua manifestação surge após a segunda semana de tratamento, e em alguns casos pode também surgir a partir do 4º dia de tratamento (BONAN et al., 2005).
O processo biológico da mucosite ocorre devido a quimioterapia e a radioterapia interferirem nas divisões celulares associadas a renovação epitelial da mucosa bucal ou causam danos ao DNA, levando a formação de úlceras no trato gastrointestinal (SONIS, 2004).
A mucosite manifesta-se em mucosa não-queratinizada, como a mucosa labial, jugal, além da face ventral e lateral da língua e palato mole (SANTOS et al., 2009).
Cinco fases caracterizam a patogênese da mucosite de acordo com Sonis tal. (2004):
Iniciação da injúria do tecido: geração de estresse oxidativo devido à radioterapia ou a quimioterapia;
Sobre-regulação via sinais mediadores: danos ao DNA celular, seguida de morte celular na camada epitelial, ativação de segundos mensageiros levando à secreção de citocinas pró-inflamatórias, e presença de injúria tecidual;
Sinalização e amplificação: a secreção de citocinas leva à produção de TNF-α (fator de necrose tumoral – α) que causa danos às células da mucosa e leva à ativação de outras vias de sinalização aumentando ainda mais a injúria tecidual;
Ulceração e inflamação: um infiltrado inflamatório significante está presente