MPB e contexto historico
Carlos Sandroni em seu artigo Adeus à MPB (2004) mostra uma inadequação da nomenclatura "Música Popular Brasileira", que para ele, inicialmente, possuía uma conotação extremamente política: a MPB indicava a música produzida no Brasil em determinado momento, onde existia uma luta contra a censura e manifestações contra o sistema político.
O autor ao realizar seus estudos na França, referindo-se à MPB como música “popular”, foi contra argumentado por parte dos franceses, que diziam que, em sentido musical, “popular” tem o mesmo significado de folclórico. Termos que coincidem quando se refere à musica popular brasileira produzida em meados dos anos 1940, com associação do “popular” ao ruralismo e o próprio folclore. Essa diferença entre conceitos, no Brasil e na França, foi apontada por Carlos Sandroni como resultado de uma forma diferente de lidar com as diferenças musicais e manifestações de cultura nacional.
Com o tempo a MPB perdeu muito de seu engajamento político e o que restou foi a parte estética do estilo, uma mistura de agregados gêneros musicais com instituição sociocultural. Dentro disto temos duas opiniões: há quem considere como MPB toda música produzida no Brasil podendo definir tudo que toca no rádio e enche os eventos do país, enquanto outros defendem que só pertencem ao estilo canções feitas para um público mais sofisticado (urbano, universitário).
Em um segundo plano, e com bem menos prestigio, durante os anos 1950 e 60, o rock começava a ser visto no Brasil como artigo importado e seus adeptos qualificados como “alienados”, portanto, pessoas alheias e