Mozart
Wolfgang Amadeus Mozart morreu em 1791 aos 35 anos. Qualquer que tenha sido a doença que o matou, é fato que várias vezes Mozart esteve próximo ao desespero. Se sentia derrotado e suas dividas aumentavam. A familia se mudava muito. O tão esperado sucesso em Vienã que para ele significasse muito jamais se concretizou. A sociedade vienense lhe deu as costas e nunca o reconheceu como artista tal.
É de conhecimento que talvez o motivo de sua doença tenha sido o fato que para ele a vida perdera o valor. Morrendo com a sensação que a vida fora um fracasso, seja no lado artistico, ou pelo amor de sua mulher ao qual nao se tinha certeza, pelo afeto e fidelidade de sua Constanze, a qual amava apesar de qualquer coisa.
Quando a corte vieniense que antes o patrocinava, preferiu patrocinar compositores mais triviais a visão de sua Constanze ficou ainda mais abalada e também a sua visão como pessoa. A pobreza, e o apreço cada vez menor do público pela música de Mozart, por certo esfriaram ainda mais os sentimentos de sua mulher. Assim os dois sentidos da vida de Mozart nos ultimos anos que vivera o dominou o provocou um imenso vazio.
O texto de Norbet Elias mostra que por vários anos correu tudo bem, que a disciplina que seu pai Leopold Mozart lhe ensinara desde criança lhe deu frutos. Porém sabe-se também que para se compreender alguém segundo Elias, é preciso conhecer os anseios primordiais que este deseja satisfazer, que a vida faz sentido a medida que as pessoas conseguem alcançar tais aspirações.
É perceptivel também que embora Mozart se sentia orgulhoso de si e de seus dons, no fundo não tinha nenhum amor por si mesmo e não se achava digno dele. Não se achava atraente. A perda de amor também influenciu sua diminuição musical, e as vezes pensava que o amor de sua mulher migrara para outros homens.
A vida de Mozart é analisada no livro como expressão de valores de uma sociedade da corte, que acolhia de forma contraditória músicos