Movimentos Socias
Ato público de professores da rede municipal em São
Paulo, em abril de 2006.
Em greve, os manifestantes reivindicavam melhoria nos salários e nas condições de trabalho.
Além desses movimentos organizados, existem outros que podemos chamar de conjunturais. São os que duram alguns dias e desaparecem para, depois, surgir em outro momento, com novas formas de expressão. Por causa dessa diferença e mobilidade, é preciso analisar cada tipo de movimento para entender as ideias que motivam e sustentam as ações, assim como seus objetivos.
Os movimentos sociais não são predeterminados; dependem sempre das condições específicas em que se desenvolvem, ou seja, das forças sociais e políticas que os apoiam ou confrontam, dos recursos existentes para manter a ação e dos instrumentos utilizados para obter repercussão.
Os movimentos sociais que se mantêm durante um longo tempo tendem a criar uma estrutura de sustentação e uma organização burocrática, por mínima que seja, para continuar atuando. Ao se institucionalizar, correm o perigo de perder o vigor, pois, para continuar sua ação, devem também obter recursos e assumir gastos com aluguel de uma sede, telefone, pessoal de apoio fixo e materiais. A preocupação que antes se concentrava em organizar as ações efetivas divide-se assim com a preocupação em manter uma estrutura fíxa, deslocando uma parte das energias para outro foco.
Capítulo 15 » Os movimentos