Movimentos Sociais
O seguinte seminário irá comentar sobre os movimentos sociais, que designa a ação coletiva de setores da sociedade ou organizações sociais para defesa ou promoção, no âmbito das relações de classes, de certos objetivos ou interesses - tanto de transformação como de preservação da ordem estabelecida na sociedade. Esperamos que esse trabalho elucide as questões sobre o assunto e que traga uma maior compreensão aos nossos colegas.
Segundo Alain Touraine, "movimentos sociais são a ação conflitante de agentes das classes sociais, lutando pelo controle do sistema de ação histórica". Para o autor, em cada sociedade existe um movimento social que encarna não uma simples mobilização mas um projeto de mudança social. Nenhum movimento social se define somente pelo conflito mas pela sua aspiração a controlar o movimento da história. Segundo o autor, a definição do movimento social se dá através de três princípios:
1 Princípio de identidade: corresponde à autodefinição do ator social e à sua consciência de pertencer a um grupo ou classe social. Um movimento social só pode se organizar se essa definição for consciente. Entretanto a formação do movimento precede essa consciência. É o conflito que constitui e organiza o ator.
2 Princípio de oposição: Um movimento só se organiza se puder nomear seu adversário, mas a sua ação não pressupões essa identificação. O conflito faz surgir o adversário, forma a consciência dos atores;
3 Princípio de totalidade: os atores em conflito, mesmo quando este seja circunscrito ou localizado, questionam a orientação geral do sistema. Um movimento social não é inteligível senão na luta tendo em vista o "controle da historicidade", isto é, dos modelos de conduta a partir dos quais uma sociedade produz suas práticas.
Sua função? Para quê servem?
Podem objetivar a mudança, a transição ou mesmo a revolução de uma realidade hostil a certo grupo ou classe social. Seja a luta por um algum ideal, seja pelo questionamento de uma