Movimentos sociais e desenvolvimento
Embora os primeiros movimentos ambientalistas tenham surgido no pós-II Guerra Mundial, a degradação do meio ambiente pelo homem vem ocorrendo a milhares de anos. Embasando tal afirmação, MCCORMICK afirma que as cidades sumérias foram abandonadas à cerca de 3.700 anos, pois as suas terras irrigadas ficaram salinizadas e alagadiças. Em torno de 2.400 anos, Platão tratava do desmatamento e da erosão do solo pelo excesso de pastagem e pelo corte de árvores para lenha. Na Roma do Século I, Columela e Plínio, o Velho, faziam advertências a respeito das quebras de safra e da erosão do solo. No século VII o sistema de irrigação da Mesopotâmia sucumbiu à má administração, bem como se assentavam as bases do colapso da civilização Maia nas Américas, em virtude do crescimento populacional, o que culminaria com o desaparecimento destes no século X. A construção das frotas marítimas das cidades-Estado italianas reduziram drasticamente as florestas costeiras do mediterrâneo. E a poluição do ar pela queima do carvão levou o naturalista John Evelyn a comparar a cidade de Londres, em 1661, a “Corte de Vulcano” e aos “Subúrbios do Inferno”.(1992:15) Mesmo com todas estas evidências de degradação do meio ambiente, a questão ambiental, ainda que de maneira bastante incipiente, somente passou a fazer parte do debate científico, de uma maneira geral, em um período posterior a Revolução Industrial. Foi no período das descobertas científicas, quando os sinais de esgotamento ambiental tornaram-se mais evidentes, assim, as “raízes” do movimento ambientalista são encontradas na década de 1860 na Grã-Bretanha. Na virada do século XIX para o século XX, foi criado nos Estados Unidos da América um movimento bipartidário com o objetivo de proteger as áreas virgens e conservar os recursos naturais. Entretanto, o período de “verdadeira” mudança deu-se a partir de 1945, no qual cabe destacar aquelas inovações que se deram a partir de 1962. (MCCORMICK, 1962:15-16)
Foi na década de