As Teorias Classicas sobre as Acoes Coletivas Maria da Gl ria Gohn
Extraido do livro de Maria da Glória Fonseca Gohn
Teorias dos Movimentos Sociais – Paradigmas clássicos e contemporâneos. –
Capitulo I
A abordagem clássica sobre MS nas ciências sociais americana – associada ao próprio desenvolvimento inicial da sociologia naquele país. Ultrapassou fronteiras, mesmo que seus autores não sejam de nacionalidade exclusivam/e americana, de lá se espalhando pelos outros países.
Importância – 2 motivos: como memória histórica das 1ªs teorias dos MS e ações coletivas; busca das referencias e matrizes teóricas de vários conceitos nos anos 1990 pelo próprio paradigma norte-americano.
Certo consenso – abordagem clássica a que predominou até os anos 1960 - não foi homogênea, com diferentes ênfases, considera-se 5 grandes linhas, e suas características comuns são: o núcleo articulador das analises é a teoria social e a busca de compreensão de comportamentos é a meta principal. Os comportamentos eram analisados sob enfoque sociopsicologico
Ênfase na ação institucional, contraposta à não-institucional – preocupação prioritária e dividia os dois tipos básicos de ação: a do comportamento coletivo institucional e a do não-institucional, esta definida como aquela não guiada por normas sociais, formada pelo encontro de situações indefinidas ou desestruturadas – quebra da ordem vigente. Processos esses que ocorriam antes que os órgãos de controle social atuassem, restaurando a ordem antiga ou criando uma nova.
Analisavam os movimentos em termos de ciclos evolutivos – seu surgimento, crescimento e propagação ocorriam por intermédio de um processo de comunicação abrangendo contatos, rumores, reações circulares, difusão das ideias etc.
Insatisfações geravam reivindicações – eram vistas como respostas às rápidas mudanças sociais e à desorganização social subsequente. Adesão aos movimentos seriam respostas cegas e irracionais de indivíduos desorientados pelo processo de mudança que a sociedade industrial