Movimentos sociais no brasil
Resumo: O texto em questão “São Paulo: o povo em movimento”, organizado por Singer e Brant (1981), contempla uma exposição acerca da presença das classes populares no cenário político do Brasil contemporâneo, bem como os movimentos sociais nos quais se organizam. Discute, ainda, a emergência das classes populares em São Paulo, os sindicatos de trabalhadores, as comunidades eclesiais de base, o feminino e o feminismo, as organizações negras, os partidos políticos, apontando os traços comuns e perspectivas desses movimentos sociais.
Introdução
Os estudos aqui reunidos explicita a presença das classes populares urbanas no Brasil, no que se refere à sua participação no cenário político brasileiro e nos significativos embates sociais. Revela-se as condições de desenvolvimento da consciência, expressão e organização das classes trabalhadoras, a partir dos movimentos sociais, considerando o contexto social excludente e elitista no qual as classes dominantes oferecem obstáculos à organização e mobilização dos trabalhadores, bloqueando, assim, sua participação nos processos decisórios institucionais.
1. Sindicatos de Trabalhadores
Os sindicatos surgem para atender o objetivo coletivo e têm sua construção como histórica, social e política. Nem sempre reconhecem seu potencial, pois, com a ditadura, o Estado acaba repreendendo suas ações, controlando-os rigidamente, bem como realizando acordo a fim de receberem uma parcela para então gerar trabalhadores alienados. Os sindicatos pelegos (aqueles que têm caráter apaziguador) não se apresentam de forma a manifestar, a conscientizar as pessoas e sim enquanto uma instância mediadora. Perante a base possuem um importante papel em relação aos trabalhadores que é o de representa-los e em relação ao Estado. Eles têm forte reconhecimento; o de controlar os manifestos.
Os sindicatos são representantes dos trabalhadores, os quais buscam por conquistas de direitos, mas a negociação feita